Era uma vez, num país distante, entre o ducados de Pélvis e Clímax, quando o mundo não era mundo, ou não era chamado mundo, e todo mundo, andava por aí meio imundo, que uma tradição imperava: o homem que possuísse mais vaginas, era adorado pelos seus semelhantes (claro, muito diferente de nossos tempos...).
Segundo fontes bibliográficas confiáveis, como por exemplo, o livro Xô, Xota! Uma análise teórica do comportamento sexual masculino desde os primórdios das eras , do famoso pesquisador empírico na área sexual, Alexandre Frota, a ideologia vigente era a do "Pega, fode, tira a roupa e esculacha, entendeu?"
Funcionava mais ou menos assim; para cada mulher que possuísse, o homem detinha o direito de decepar a vagina, e tomá-la para si. Era costume os homens andarem com uma redoma de vidro, onde depositavam as vaginas adquiridas, mostrando para os rivais, o quão viris eram. O finado historiador sexual, Clodô Hernandez, afirma que o mais famoso conquistador dessa época foi Penóquio, que contabilizou 669 vaginas em um curto período de atividade. Segundo as más línguas, o próprio historiador foi uma de suas conquistas, mesmo vivendo mil anos à frente do garanhão de madeira. (Confira a história de Penóquio aqui).
Tudo corria normalmente, isto é, os homens continuavam a deflorar mancebas, com o simples intuito de aumentar o peso de suas redomas e o tamanho de seu prestígio. Muitas estratégias eram usadas: flores; sushis; falsa erudição; cavalos emprestados pra que se aparentasse mais posses... Até que, surgiu uma mulher diferente. Você se pergunta "Uma mulher idealista, de vanguarda, decidida, que não quer mais viver à mercê dos homens?" Resposta rápida: Não. É muito mais simples. Ela simplesmente, era lésbica! E como toda mulher, queria provar para os homens que poderia ser tão boa ou até melhor no que eles faziam.
Por ser mulher, tinha muito mais tato e educação do que os ogros movidos a testosterona. Consequentemente, ganhava o coração das mulheres, com calma, deixando-as confusas, sem saber se queriam ser plugue ou tomada. E nessa hora, quando a indecisão tomava conta das pobres donzelas, ela atacava, num golpe único e certeiro. Logo, fez fama, e começou a superar todos os homens. Não havia mais espaço em sua redoma.
Os homens, criaram então uma nova tradição. Não iriam mais brincar de colecionar as conquistas e andar com elas penduradas na cintura. Escolheriam uma vagina oficial, pra passar o resto da vida, e ela estaria simbolizada por uma espécie de jóia no dedo anelar da mão esquerda. Ficou instituído também, que o homem andaria de mãos dadas com a vagina, quer dizer, com a mulher. Para proteger a amada, é claro. Nunca para ostentar!
E hoje, aqui estamos nós.
Atesto que sou um bode e não entendo nada de relações humanas, por isso considero esse relato imparcial e totalmente isento de ideologias, preconceito e tudo isso que as mulheres chamam de machismo.